Se o antónimo de descartar é reutilizar…

A Ecoceno é a solução que convida a transitar das embalagens descartáveis para as reutilizáveis. Um serviço apoiado numa tecnologia que permite saber, a qualquer instante, onde está a embalagem e assegurar a sua devolução sem custos extra para o consumidor – tem até 14 dias para devolver.

Desde 1 de julho de 2022 que as embalagens de utilização única, feitas de (ou incorporando) plástico, destinadas ao pronto a comer são taxadas em 30 cêntimos por unidade. Em contraponto, num claro compromisso com o futuro e os desafios da economia circular, surgiu a Ecoceno, uma start-up portuguesa criada pela Embal – experiente fabricante de embalagens alimentares em Vila Nova de Gaia – e que conta com o apoio da Sociedade Ponto Verde e do Ministério do Ambiente, através do Fundo Ambiental.

O perfil da Ecoceno identifica-se, por inteiro, com o desenvolvimento de uma sociedade do futuro, responsável e sustentável.

É muito fácil…

A sua proposta de valor é clara e simples: “garantir a rastreabilidade de todas as embalagens reutilizáveis”, com a vantagem de estarmos perante um serviço gratuito para o consumidor. Basta que devolva a embalagem num prazo de 14 dias no espaço de conveniência onde realizou o takeaway, ou noutro ponto de recolha alternativo, designadamente um posto de abastecimento de combustível.

Em bom rigor, através deste serviço é possível saber, a qualquer momento, onde se encontra a embalagem – pode estar no restaurante, no cliente ou no ponto de devolução – e garantir que ela será devolvida.

“Temos uma pluralidade de embalagens com diferentes formatos e capacidades, desde copos para café expresso até copos de 100 ml, passando por embalagens de mesa com 33 cm de diâmetro. Ainda assim, cada operador do setor alimentar tem a liberdade de escolher as suas próprias embalagens”, explica Afonso Vieira, fundador da Ecoceno. Seja qual for a opção, uma coisa é certa: o suporte tecnológico do serviço Ecoceno – via um código QR, uma tag, entre outros meios – permite identificar e saber sempre onde anda a embalagem, independentemente de quem a forneça.

… e sem custos extra

Acresce, de acordo com Afonso Vieira, que “a nossa tarefa está em encontrar os mecanismos que permitem em serviço takeaway entregar a embalagem sem cobrar custos extra”.

E para desincentivar as não devoluções, existem várias formas de assegurar que assim acontece. Desde logo através de software disponível pelos operadores do setor alimentar, que, no ato de pagamento da refeição, permite associar o cartão bancário à embalagem.  

É este o caminho, cada vez mais facilitado pela crescente descontinuidade de utilização de dinheiro físico na União Europeia, bem visível, até, nas máquinas de vending.

Numa dinâmica imparável, a Ecoceno está prestes a colocar em operação o primeiro ponto de devolução inteligente com processamento do retorno de depósitos pagos por copo.

O que estamos a falar tem a ver, por exemplo, com o que sucede nos estádios de futebol e nos festivais de música. Nestes eventos, é atualmente obrigatório o pagamento de um euro por cada copo reutilizável, copo este que, uma vez utilizado, não dá para devolver. A tecnologia Ecoceno vem resolver a questão: bastará um simples toque com o cartão bancário e o valor avançado é transferido de forma instantânea para a conta do consumidor.

Entretanto, a empresa está em contacto com praticamente todos os grandes grupos do setor alimentar em Portugal, tendo como objetivo a realização de mais ações-piloto e novas operações para avaliação conjunta da possibilidade de dar maior escala ao projeto.

Assim se vai cumprindo a Ecoceno.

Um projeto na esfera da economia circular, um serviço que surge para prevenir a geração de resíduos associada às embalagens do regime de pronto a comer.

É essa a ideia.

Uma bela ideia do futuro pronto a servir.

Este é um projeto apoiado e cofinanciado pela Sociedade Ponto Verde no âmbito do seu Programa de I&D